domingo, 30 de outubro de 2011



‎"Volta até mim no silêncio da noite 
a tua voz que eu amo, e as tuas 
palavras que eu não esqueço. 
Volta até mim para que a tua 
ausência não embacie o vidro 
da memória, nem o transforme
no espelho baço dos meus olhos.
Volta com os teus lábios cujo
beijo sonhei num estuário vestido
com a mortalha da névoa; e traz
contigo a maré da manhã com
que todos os náufragos sonharam."

(Nuno Júdice)

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