terça-feira, 1 de setembro de 2015


Ter quem te acolha e te traga flores mesmo de mãos vazias, pois a presença também é um verdadeiro jardim. 
Ter um peito onde deitar, um ombro onde encaixar a cabeça e repousar os pensamentos escuros de um dia muito claro, mas confuso. 
Ter um perfume preferido para procurar na multidão e um par de olhos aflitos para encarar. 
Ter um coração onde o colar o seu. 
Ter para onde ir, voltar, correr, estacionar. 
Ter a quem recorrer.
E ter quem desperte o sábado nublado não como um dia novo, mas como um ano inteiro a sorrir pela frente.
E quem fique, ainda que vá.
E quem diga, ainda que cale.
E quem ame, ainda que falhe.
Ter a quem amar…
Em quem se acabar...

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